Frase

"Não sei, deixo rolar. Vou olhar os caminhos... o que tiver mais coração, eu sigo." (CFA)







sábado, 19 de junho de 2010

Mais do que devaneio, hoje é um desabafo.

Certo dia, ouvi uma frase na faculdade que fez todo sentido pra mim: “Os laços são sustentados por um certo grau de insatisfação, de irrealização.” Concordo plenamente. Nosso desejo opera através da falta. É preciso um período de afastamento para que sintamos vontade de procurar o outro, para que sintamos saudade. Geralmente, quando nos deparamos com pessoas grudentas, queremos logo nos afastar pois não há espaço para o NOSSO desejo. Ela deseja por ela e por nós. Já tentei lutar contra isso, emocionalmente falando. Já me revoltei por achar um absurdo não poder demonstrar o que estava sentindo, pra não “perder a graça” ou fazer o outro perder o interesse.
Na verdade, hoje percebi a minha real insatisfação. A questão não é que não possamos demonstrar. É válido, sim, fazê-lo, até para que o outro possa perceber nosso interesse. O problema é quando demonstramos e não somos correspondidos à altura do que desejamos. Quando abrimos nosso coração e não ouvimos, de volta, algo recíproco. E pode ser a menor das atitudes: uma mensagem enviada, com palavras de carinho, que não foi respondida. JURO que isso me toca horrores. Queria não ser assim. Racionalmente, eu penso: “Que mal há nisso? Foi só uma mensagem. Deixa de ser tão exigente, vai.” Mas, sentimentalmente, isso me corrói tão profundamente que chego a sentir raiva por sentir isso. As coisas pesam pra mim. Quando se trata de relacionamentos, não consigo encarar com naturalidade certas coisas. Exijo demais do outro, reconheço. Sobretudo, porque não sei me envolver sem me doar e acabo tendo dificuldades para assimilar que nem todos “funcionam” deste modo (pelo visto, a grande maioria). Mas, sabe... ainda prefiro ser assim. Certamente, como já disseram por aí, “melhor não viver, que não amar”.


Filosofia de amor
Jota Maranhão
Composição: Jota Maranhão / Deusdedith Maranhão / Paulo Cesar Pinheiro

Quem por mêdo do amor que morre
Na hora que o amor percorre
Recua, se afasta e corre
Ouça o conselho que eu lhe dou
É só você morrer de amor
Que a chama do amor não morre
Quem por mágoa de amor se abate
Por medo que o amor maltrate
Ao invés de se dar combate
Ouça o conselho que eu lhe dou
É muito mais cruel a dor
Na casa que o amor não bate
Filosofia de amor não é rei nem doutor
Quem aprende
Só vai sair vencedor de um combate de amor
Quem se rende
Filosofia de amor só não é sabedor
Quem renega
Só vai prender seu amor e virar seu senhor
Aquele que se entrega
E o poeta é o professor
Que ensina todo dia
Filosofia de amor!...

2 comentários:

  1. Como é difícil entender e mensurar esse sentimento. O que pode ser muito para um, pode ser pouco para o outro, e vice versa. Às vezes, quando o que queremos é algo tão simples. Acho que tão simples, que chega a passar despercebido, para algumas pessoas. Só sei que isso mais parece uma guerra sem fim! E quanto a essa expectativa que ficamos, em relação ao outro, o grande problema é mesmo quando não somos correspondidos da mesma forma que gostaríamos. =/
    Linda letra da música.
    Bjos... Ass: Taty

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  2. Sabe? Ainda sou da opinião de que, se pra manter ao lado quem amo, preciso "disfarçar" sentimentos, então, não tá valendo.

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